domingo, 16 de setembro de 2007

Patos e patos

Concordo, foi bonito.
Contudo, relembro que é o Pato Branco o Pato mais velho e, como tal, o mais experiente e entendido nos mais diversos assuntos.
Fiquei sensibilizado com a narrativa mas, sem pingos de falsa humildade, não sou assim tão inteligente. Safo-me, é só. Inteligente sim, e merecedor de um Pato Nobel, é o Amigo Pato Afonso. (de qualquer forma, partilho a opinião relativa ao Cavaco)
Os Patos como eu não podem ter sentimentos de desasamento. São simplesmente sentimentos de revolta. Daqueles que temos que só dá vontade de pegar em qualquer coisa e rebentar com uma outra qualquer coisa.
Revolta pela vida, revolta pela morte, revolta pela sociedade e por toda a merda em que se está metido.
As penas, não são assim tão fofas. De primeira qualidade? Nem tanto. Aguentam-se simplesmente.
Um Pato tem de ser realista.
No meio de tantos Gansos que por aí andam a ostentar o peito e a carteira, sou somente mais um Pato, sem qualquer interesse específico ou talento escondido. Daí que sempre me tenha sido complicado convencer as patas independentes.
Enfim, já estou habituado (leia-se conformado).
As patas independentes normalmente não querem Patos atípicos. Preferem o Ganso, grunho e de formas bem definidas. Os Patos que trabalham a sério, com os cornos enfiados atrás de vários computadores e que ainda têm de tratar das lidas domésticas, são atirados para um canto, qual patinho feio de peluche.

Como tudo acabará?
Também não sei. Aliás, quem sabe?
No fundo, tenho alguma esperança nas afirmações do Pato Branco que, afinal, deve saber o que diz.
Contudo, receio que chegue o dia em que o Pato Júnior tenha razão e, nesse caso, está tudo estragado.

Quanto às patas, sou selectivo.
Chato, já sei... é a conversa do costume...
Não quero uma qualquer pata. Espero pacientemente uma Pata com P maiúsculo.

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